"O bebê de Rosemary" e a diferença do clássico e do moderno.


Esses dias assisti “the rosemary’s baby”, e ao contrário do que muitos dizem esse clássico de ROMAN POLANSKI é realmente TERROR. Diferentes de muitos “trashes”, no meu ver, como “A casa de cera”, “Jogos Mortais”, Polanski não faz uso de corpos cruelmente amputados, mortos vivos, aberrações. O filme nos aterroriza psicologicamente, nos envolvendo no drama de Rosemary (Vivida por Mia Farrow, que além de ótima atriz foi casada com nada mais que WOODY ALLEN e FRANK SINATRA), nos deixando aflitos até a última cena. Odeio filme de terror, bem...Odiava. Depois de assistir um do filmes da trilogia do apartamento, de Polanski, mudei totalmente meu conceito sobre “terror”. Nem sempre é preciso o uso de artifícios horripilantes para ser classificado como tal gênero.
Sua estréia foi em 1968, “o ano que não terminou”, e essa data só atribui como um dos motivos do filme ser tão bom. Pois foi na mesma década que surgiram, falando culturalmente, os melhores pensamentos, cantores, cineastas, artistas...



E aí eu fico pensando na diferença entre as produções antigas e as mais modernas. Repare, hoje, são poucos os filmes que se tornam best-seller, em compensação, são os mais antigos que preenchem maior parte desta lista. Talvez o motivo de, por exemplo, “A cor púrpura” e “Indiana Jones”, ambos de Spillberg , ou “O homem que sabia demais” e
"Psicose"de Hitchcock, terem ficado na memória das pessoas, foi que nessa época o cinema não caminhava muito com o capitalismo e a necessidade de se promover. O que importava era apenas se expressar, se preocupando muito mais com a qualidade do roteiro, do elenco e de toda produção em geral, o resto(Fama, lucro...) era conseqüência. Como disse Glauber Rocha, um dos pioneiros do cinema novo, “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”, mas parece que hoje, boa parte das produções cinematográficas se aplicam em “Alguns milhões na mão e o nome nas cabeças”.



Comments are closed on this post.