Quando eu não gosto eu falo "mermu" heim.....
Tá certo que cada povo tem sua cultura, cada pessoa tem seu gosto, mas sempre há algo a se discordar e mesmo com esse discurso de respeitar as diferenças, ainda sim não damos o devido respeito, não é mesmo?
Então acompanhando esse "defeito" ou outra definição que não sei ao certo, falemos sobre um movimento, no caso é o que os chamados "funkeiros" denominam o funk.
Hoje ao assistir um documentário sobre esse universo "musical", ( "Sou feia mas tô na moda" de Denise Garcia, para quem se interessar possa), fiquei pensando e articulando minha opnião sobre tal assunto.
"baseado nas origens da música negra americana, como o rhythm and blues, o soul e o gospel, o funk foi sofrendo uma metamorfose com o passar do tempo, principalmente na década de 60, quando foram introduzidos os conceitos de rapper e MC, tornando-se uma música de pegada, para grandes bailes públicos e assumindo em suas letras um caráter social e agressivo."
Google rulez. HAHA XD
Primeiramente, eu, isso, eu, excluo toda e qualquer hipótese de chamar por exemplo o "quer bolete" de música. Vejamos, pra chamarmos de música é preciso ter melodia, letra significativa, e sentido. Que no caso do funk essas coisas não existem.
Os pseudos-músicos ou funkeiros, não tem uma voz muito agradavel muito menos um vocabulário aceitavel, tá ligado?
Em meio a alguns comentários de moradores da cidade de Deus, no documentário, alguns me chamaram atenção. Uns me fizeram rir e outros a pensar sobre a sociedade.
Um que me arrancou uma boa gargalhada e me fez ver a que ponto chega ignorancia de uma pessoa, não lembro direito como foram as palvras certas, mas foi: "eu acho que o funk educa sim..antigamente as meninas ficavam ai dando pra todo mundo e depois que escutaram algumas letras dos funks pararam pra pensar". Essa dai só serve pra dar uns pega.
Nessa mesma parte do filme, uma funkeira deu depoimento acreditando ter ensinado as meninas a irem ao ginecologista: Depoimento da funkeira do ginecologista
Os homens sempre fazendo das mulheres um objeto sexual, as apelidando de uns nomes um tanto comico, cachorra, popozuda. Então as cachorras, digo, as mulheres se revoltam e decidem rebater, criando funks fazendo dos homens também objetos sexuais, e dentre as definições para os "homis", uma é que eles sempre tem que banca-las....no motel.
Uma pesquisadora que também deu seu depoimento criticando de modo sutil, o funk, disse uma coisa interessante: "Se você perguntar a elas, funkeiras, se são feministas, elas vão negar. No entanto suas músicas são de fato, feministas", e eu complementei, sentado na cama e adorando o documentário: "claro, elas vão mesmo saber o que é feminismo?".
Além dessa guerra dos sexos, veio a moda uma nova disputa. As "fiel" e as "amanti", que pode ser bem representada pelas MC's Katia e Nem. Reparem bem os pseudonimos. Engraçado, não é?....Mc deise da injeção, tati quebra-barraco, gurila e preto, amilka e chocolate, vanessinha pikatchu...e por ai vai...
Não podemos esquecer também dos "bondi"....bondi dus avaianu, bondi das tchutchucas, bondi das fogozas, bondi du vin (vinho)....
Mas eu defendo o funk da antiga, como "claudinho e bochecha", "Mc marcinho" e outros mais.
Além deles terem uma voz pelo menos aceitavel, suas letras representavam a realidade de onde viviam, as dificuldades, de uma forma bacana e melodica. Na minha opnião, é ridiculo o "Mr. catra" autor da inigualavel "adultério", dizer que o funk de hoje não faz apologia a violência nem é pornografia e sim a realidade das comunidades. Que é uma realidade, infelizmente é, mas não precisa apelar tanto. Apesar de que não sei outra forma de transpor em uma canção que as meninas vão ao baile sem calcinha, procurar o seu negão e afirmar que é cachorrona mesmo....
Algumas realidades realmente não precisam ser mostradas, não é mesmo? :S
E concordo com muitos que dizem que o Governo e nem a sociedade da chances para eles. Mas infelizmente, não fazem por onde. Como querem que reconheçam o funk cantando "bota na boca, bota na cara, bota onde quiser..."?.
Mas confesso que numa festa ou em momento de descontração com amigos ou sei lá, é sempre legal ouvir um "punkadão"
HAHAHHA.
P.S.: além de ganhar conhecimento com o documentário, você irá rir bastante
Comments are closed on this post.